segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bolsa Qualquer Coisa

Não, não é bolsa para carregar material esportivo, bolsa de praia nem de alguma marca européia.
Me refiro às Bolsas oferecidas pelo Governo Federal aos "desprovidos e abandonados pela sociedade".
É justo que existam programas que beneficiem os necessitados. O grande lance é a real utilidade e a intenção destes programas. O Bolsa Família serve como gatilho para que os desinformados tenham um filho atrás do outro, assim como o Bolsa Escola, o Vale Gás, etc.
Agora, em novembro de 2009, véspera de ano eleitoral, recebo comgargalhadas a notícia de que o nosso governo está criando o Bolsa Celular. Sim! Bolsa Celular! Será distribuído um celular com franquia mensal de R$7,00 para cada José beneficiado pelo Bolsa Família. A típica comédia, digna de um filme pastelão com Adam Sandler.

E o pessoal que trabalha, estuda, paga aluguel, entre outras coisas, como fica?

Nunca recebí uma bala Xaxá do Governo para ajudar a pagar meu aluguel.
Nunca tive um Mumuzinho para comer no café da manhã.
Nunca ví nada que beneficie trabalhadores e estudantes.

Quem trabalha tem renda. Quem não trabalha não tem.
Quem trabalha paga mais. Quem não trabalha é subsidiado.
Quem subsidia os que não trabalham são aqueles que trabalham.

Talvez se eu pedir demissão e largar a faculdade eu consiga um bom auxílio do governo para viver como vagabundo, às custas do contribuinte.

Bolsa Celular? Ô Presidente! Me liga para conversarmos!
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2 comentários:

  1. Cara, tu tem que entender a situação de um modo mais amplo. A pobreza extrema (classe dos beneficiados pelo Bolsa que, aliás, segundo projeção, não existirá mais em 2016) é, ou pelo menos era, imperante no nordeste brasileiro, mais precisamente no sertão nordestino. O Bolsa Família busca trazer - e ao meu ver deve ser uma medida temporária até que a igualdade se estabeleça (como as cotas)- dignidade a estes pobres. Quem conheceu o nordeste na década de 90 sabe bem como mudou. Aliás, o fulaninho tendo 85 reais a mais por mês, fomenta todo o comércio de sua comunidade, pois compra na vendinha do ciclano, que consequentemente tem mais capital e passa a investir mais e talvez até contrate alguém daquele povoado. É todo um novo giro de capital onde não circulava dinheiro.
    Dá uma pensada nisso.
    Abraço, Maurício Levy (Jornal do Centro)

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  2. Obrigado pelo comentário. Fico feliz de ter levantado esta questão tão polêmico, e mais feliz ainda por receber uma resposta com bons argumentos.

    Grande abraço.

    Brunno Prado

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