Quando era mais jovem, encontrava os amigos para jogar bola na quadra perto de casa; alugar uma filme na locadora e fazer um “racha” para pagar os R$3,00 da diária; pedíamos pizza (a mais barata) e tomávamos Coca-Cola.
Algum tempo depois, começamos sair. Conhecemos uma nova amiga, a noite. Ela era companheira de quase todos, pois sempre há os que não gostam de sair, o que acabou diminuindo o grupo. Nossa nova amiga nos apresentou as bebidas, que passariam a ser parte integrante e ativa das reuniões entre amigos. Mas sempre tinha aquele que não bebia.
E o grupo seguia diminuindo.
Vieram as namoradas. O tempo para os amigos diminui, mas sem nunca esquecê-los. Cada um ia para o seu canto, com seu respectivo par. Mas sempre há aquele que é ‘o solteiro da turma’.
Depois veio a faculdade. Novos amigos, novas rotinas, um mundo novo cheio de opções, tarefas, preocupações. O tempo diminui, e o pessoal vai ficando pelo caminho.
O passo seguinte foi o mercado de trabalho. Juntar faculdade, trabalho, família e vida social nunca é fácil. Ainda mais quando cada um segue para uma área diferente.
O tempo passa e a vida se encarrega de distanciar os amigos. Mesmo sem intenção acabamos perdendo alguns contatos, outros passam a ser mais esporádicos, alguns simplesmente somem. Já vi alguns filmes em que amigos que não se viam há muito tempo encontram-se para celebrar algo, relembrar os velhos tempos ou prestar homenagem a alguém que se foi.
Pois neste domingo encontrei velhos amigos, mas não da forma como gostaria.
O pai de um destes companheiros que os rumos da vida distanciou não está mais entre nós, e prestamos nossas homenagens no último domingo.
O episódio serviu para refletir:
Trabalhamos, estudamos, corremos todos os dias, mas o que fazemos para cultivar os amigos?
Infelizmente, no meu caso, não achei uma resposta. Está na hora de rever alguns conceitos.
Tem toda a razão, Brunno.
ResponderExcluirO nosso primeiro passo pode marcar um reencontro da turma - regado a cerveja, namoradas, pizza barata e Coca-Cola.
Abraço
Chicco