segunda-feira, 26 de abril de 2010

Microblog X Microcérebro

A internet é algo muito curioso. Sem sombra de dúvidas trata-se de uma ferramenta de busca, pesquisa e divulgação sem limites. Podemos comprar e vender de tudo. Sim, de tudo mesmo. Desde caixa de grampos para cabelos até carros e apartamentos, passando pelo mundo das ilicitudes e ilegalidades. Podemos divulgar os bombons que nossa avó vende, o serviço de fotógrafo da irmã mais velha e expor nossas vidas em redes sociais.



A liberdade, experimentada pelos jovens das décadas de 60 e 70 voltou com força nos últimos 15 anos com o advento da internet. Porém, ao invés de emboletar-se em shows alternativos e lotados, os grandes encontros se dão em chats, comunidades virtuais e mensageiros instantâneos.


A importância da grande rede na vida de todos nós atingiu um patamar tão grande, que não conseguimos trabalhar se a rede está disponível. Temos nossas vidas em diversos e-mails, em servidores que não sabemos onde ficam nem quem tem o controle, nosso dinheiro é cada vez mais virtual, não passando de um numerozinho na tela do computador.


Expomos-nos. Expomos os outros. Cuidamos da vida de outrem. E adoramos curtir estes momentos de detetives da vida alheia. Mas nos sentimos perturbados quando alguém bisbilhota “nossas coisas”. Como se, mesmo expondo as maiores intimidades, ninguém pudesse ver ou comentar. Sim, somos imprudentes, afinal, a internet permite que o maior anônimo da face da Terra transforme-se em celebridade da noite para o dia. Seja por um grande feito ou por uma grande mancada que, como vemos em diversos títulos de e-mails, “caiu na net”.


Talvez fosse necessário exigir uma carteira de habilitação ao internauta, para que nenhum piloto de teclado com pouca prática bata de frente em algum poste virtual ou suba pela calçada e atropele a turma do bate-papo.
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